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Mamoplastia reparadora

Diferente de uma cirurgia plástica estética, o procedimento reparador vem com uma carga emocional distinta. Não quero minimizar a dor que leva uma pessoa a decidir melhorar partes de seu corpo: ela também carrega consigo o sofrimento da inconsistência entre a  própria imagem e o desejo de ser diferente. Contudo a cirurgia plástica reparadora “trata” uma dor diferente: daquela parte que foi, de certa forma, mutilada.

 

Você sabia que câncer de mama é o mais comum em mulheres no Brasil e no mundo?

 

Estima-se que ocorrerão mais de 65.000 casos só este ano em nosso país, e aproximadamente uma em cada 8 mulheres terão a doença. Idade acima de 50 anos, obesidade, sedentarismo, fatores hereditários e genéticos são alguns dos fatores de risco conhecidos. É importante saber que ele pode ser detectado precocemente através de exames como a mamografia, e que o diagnóstico precoce é muito importante para a cura.

As pessoas que estão fora deste grupo de risco também devem estar atentas, pois até mesmo homens e mulheres jovens, ativos, magros podem ser acometidos por essa doença. 

Muitas vezes, o tratamento envolve procedimentos cirúrgicos para retirada total ou parcial da mama. Nestes casos, o papel da cirurgia plástica é enorme! Hoje existem diversas técnicas para reconstrução e simetrização das mamas, sempre com o objetivo de atingir o melhor resultado estético e funcional!

Dúvidas frequentes

Utilize o menu ao lado para pular diretamente para sua dúvida, ou role a página para baixo.

Quanto custa?

Segundo a resolução CFM (conselho federal de medicina) nº 1.974/11, anexo 1, capítulo 6, página 46, fica proibido:

"XIV - divulgar preços de procedimentos, modalidades aceitas de pagamento/parcelamento ou eventuais concessões de descontos como forma de estabelecer diferencial na qualidade dos serviços;"

Além disso, cada cirurgia é personalizada e só poderemos ter um orçamento real do procedimento após avaliação feita em consulta.

Quanto custa?

Quem tem direito a reconstrução? 

Após o tratamento cirúrgico do câncer de mama, todas as pacientes têm o direito à reconstrução. É a lei (Lei Federal No. 13.770, de 19 de Dezembro de 2018). 

Isso quer dizer que todas as pacientes receberão reconstrução imediata?

Não! Sempre que possível, o cirurgião plástico opta por realizar a primeira etapa da reconstrução no mesmo momento da mastectomia (retirada cirúrgica da mama), mas nem sempre isso é possível ou traz o melhor resultado! É preciso levar em conta diversos fatores como as condições clínicas da paciente, as condições locais da região operada, e as perspectivas de outros tratamentos adjuvantes como a radioterapia.

Mas então algumas pacientes não vão fazer a reconstrução?

Não!!! A reconstrução de mama pode também ser tardia, em outra cirurgia, geralmente após a conclusão do tratamento do câncer, e com a possibilidade de excelentes resultados!

Conheça seus direitos

Quais são os sinais e sintomas do cancêr de mama?

Selecionei 7 sinais e sintomas que devem ser observados e podem ajudar no diagnóstico ainda na fase inicial:

  1. edema cutâneo (na pele), semelhante à casca de laranja;

  2. retração cutânea;

  3. dor;

  4. inversão do mamilo;

  5. hiperemia (vermelhidão);

  6. descamação ou ulceração do mamilo;

  7. secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea.

 

Se você notou algum destes sinais ou sintomas, procure imediatamente um médico. Mas calma! Não tire conclusões precipitadas, muitas vezes estes sinais estão também relacionados a doenças benignas da mama. 

O auto conhecimento é a melhor maneira de detectar precocemente possíveis adenomas. Fica atenta ao seu corpo e aos sinais que ele lhe dá.


fonte: https://saude.gov.br/saude-de-a-z/cancer-de-mama

7 sinais e sintomas para ajudar no diagnóstico precosse de cancêr de mama

Sempre é utilizado implante na reconstrução da mama?

Quando falamos em reconstrução de mama, a primeira opção que vêm à cabeça é o uso das próteses de silicone. E não é para menos, um estudo avaliando os métodos de reconstrução de mama nos EUA entre os anos de 1998 e 2008, mostrou um grande aumento no número de pacientes submetidas a este tipo de reconstrução. Em 2008, o número de pacientes submetidas à reconstrução imediata da mama foi 378 para cada 1000; destas, 258 pacientes receberam implantes (quase 70%!). 

É claro que os implantes são importantes neste contexto, mas quem se compromete a fazer reconstrução de mama deve poder oferecer mais opções para os pacientes, e o Cirurgião Plástico é o profissional capacitado para isto! 

Em alguns casos, como nas mastectomias poupadoras de pele, ou nas mastectomias profiláticas, é possível a reconstrução  diretamente com implante. Mas, e nos casos onde é necessária retirada de pele? Aí, muitas vezes, é preciso realizar um procedimento “intermediário”, utilizando um expansor tecidual para criar um local adequado para receber o implante. 

 

(Fonte: Albornoz CR, Bach PB, Mehrara BJ, et al. A paradigm shift in U.S. Breast reconstruction: increasing implant rates. Plast Reconstr Surg. 2013;131(1):15‐23. doi:10.1097/PRS.0b013e3182729cde)

Sempre é utilizado implante na reconstrução?

Quando é indicado a utilização do expansor?

Nas mastectomias , a retirada da glândula muitas vezes é acompanhada pela retirada de uma quantidade significativa de pele da mama. Nestes casos, temos dois problemas principais para resolver: precisamos reconstituir o volume mamário, assim como sua cobertura cutânea.

Como falamos no post anterior, podemos utilizar os implantes de silicone para devolver o volume mamário, mas e se não tivermos pele suficiente para cobrir a prótese?

É aí que entra o papel dos expansores teciduais. Eles são compostos por um envelope de silicone vazio, que pode ser progressivamente preenchido com soro fisiológico no pós operatório. Este aumento gradual estimula a pele a crescer (muito parecido com o que como acontece na gestação!), criando o espaço necessário para receber uma prótese mamária. 

Essa técnica é conhecida como reconstrução em dois estágios, pois envolve duas cirurgias: a colocação do expansor, e sua troca posterior pelo implante mamário.

Quando é indicado a utilização de expansor?

A reconstrução da mama é feita sempre utilizando próteses de silicone?

Não! Existe a possibilidade de utilizar os próprios tecidos da paciente para reconstruir a mama. 

Quando o tratamento do tumor envolve a retirada parcial da mama, podemos utilizar o próprio tecido mamário preservado para reconstrução da nova mama!

Também é possível realizar a reconstrução da mama através do “transplante” de pele e gordura de outros locais. O mais comum é utilizar o excesso de pele e gordura do abdômen (cirurgia conhecida como TRAM e suas variações). Este procedimento tem inúmeras vantagens: não necessita de implantes, facilita a obtenção de simetria e melhora o aspecto estético do abdômen! 

Estudos mostram que esse tipo de reconstrução apresenta maior benefício na qualidade de vida e auto-imagem, quando comparado com a utilização de implantes. 

(Fonte: Atisha D, Alderman AK, Lowery JC, Kuhn LE, Davis J, Wilkins EG. Prospective analysis of long-term psychosocial outcomes in breast reconstruction: two-year postoperative results from the Michigan Breast Reconstruction Outcomes Study. Ann Surg. 2008;247(6):1019-28.)

Existe também a possibilidade de utilizar tecido das costas para reconstrução da mama. Essa  técnica é feita, por exemplo,  em pacientes que não possuem sobra de pele e gordura abdominal. Na cirurgia, utilizamos a pele e um músculo das costas (o latissimus dorsi, ou grande dorsal) para reconstrução. A vantagem é que a cirurgia é mais simples e rápida. Uma desvantagem é que normalmente não conseguimos volume de tecido suficiente para reconstruir a mama, então precisamos associar uma prótese de silicone. Outra desvantagem é que esse procedimento deixa uma cicatriz no dorso, mas sempre que possível tomamos o cuidado para que ela possa ser  facilmente “escondida” pelo sutiã. 

O que é a microcirurgia?

Quando optamos pela reconstrução da mama utilizando os tecidos da própria paciente, abrimos um grande leque de opções. O conceito é relativamente simples: tirar de onde está sobrando e colocar onde está faltando. 

Na prática, existem alguns aspectos que devem ser considerados. A área doadora (o “onde está sobrando”) mais comum é o abdômen inferior, pois é um local onde é muito comum o acúmulo de pele e gordura indesejados. 

Tendo isto em mente, foram desenvolvidas técnicas para transferir este tecido e reconstruir a mama. O problema é que esse tecido precisa de suprimento sanguíneo para sobreviver. 

A primeira técnica que obteve sucesso utilizou o músculo reto abdominal (aquele que faz os “tanquinhos” no abdômen) para manter esta circulação. A grande desvantagem é que a retirada deste músculo enfraquece a parede abdominal e pode causar alterações funcionais e outras complicações. 

Hoje, as técnicas mais avançadas possibilitam a preservação do músculo e a redução nas complicações: utilizamos especificamente os vasos que nutrem a pele e gordura do abdômen, sacrificando pouco ou nenhum músculo abdominal, e transplantamos este tecido para a mama. É um transplante mesmo (parecido até com os de fígado ou rim), realizamos a união (anastomose) dos vasos que nutriam este tecido com vasos do tórax, utilizando microscópio cirúrgico e fios de aproximadamente 0.03mm, pois estes vasos têm em média apenas 3 a 5 milímetros de diâmetro.

Existe alternativa para a prótese de silicone?
O que é microcirurgia?

O que é a lipoenxertia?

Dentre as possibilidades de refinamentos nas reconstruções de mama, a lipoenxertia conquistou um importante espaço.

Ela consiste na aspiração de gordura em excesso de outras partes do corpo (abdômen, flancos, culotes, etc.) para injeção na mama reconstruída, corrigindo ou atenuando alterações de contorno.

 

Como benefício adicional, estudos mostram que os enxertos de gordura acabam melhorando a qualidade da pele da mama, principalmente nas pacientes com sequelas de radioterapia. Por fim, também foi demonstrado que esta técnica é segura e não aumenta o risco de recorrência do câncer!

 

(Fonte: Sbitany H. Breast Reconstruction. Surg Clin North Am. 2018;98(4):845‐857. doi:10.1016/j.suc.2018.03.011)

O que é lipoenxertia?

As mamas ficam simétricas após a cirurgia reconstrutora?

Uma das características mais desejadas nas mamas é a simetria, e esta é talvez uma das maiores dificuldades da cirurgia de reconstrução de mama. Apesar de TODAS as mamas apresentarem algum grau de assimetria (às vezes muito discreta), sempre existe o esforço para atingir a maior semelhança possível entre a mama reconstruída e a contralateral.

Em geral, cada tipo de reconstrução favorece certo tipo de simetrização. Nas mamas reconstruídas com prótese, por exemplo, uma das melhores maneiras de atingir a simetria é com a utilização de próteses também na mama contralateral (geralmente através da mastopexia, também conhecida como lifting mamário). Isso porque a mama com implante possui um formato e uma evolução ao longo do tempo diferente daquela sem o implante.

Já nos casos onde foi optado pela reconstrução com tecido autólogo (da própria paciente), temos outro cenário. Este tecido se comporta de maneira mais semelhante à mama contralateral, sendo que em alguns casos pode até não ser necessário o procedimento adicional para simetrização.

A lipoenxertia, também é muito utilizada nos procedimentos de simetrização para corrigir pequenas assimetrias, tanto na mama reconstruída como na contralateral.

As mamas ficam simétrcas após a cirurgia reconstrutora?

É possível fazer a reconstrução dos mamilos?

O tratamento do câncer de mama tem mudado nos últimos anos. Felizmente, cirurgias mais agressivas e mutiladoras estão dando espaço para procedimentos mais conservadores, possibilitando melhores resultados na reconstrução, sem abrir mão da segurança oncológica. Cada vez mais, tem sido possível preservar a pele da mama e o mamilo. 

(Fonte: Peled AW, Wang F, Foster RD, et al. Expanding the Indications for Total Skin-Sparing Mastectomy: Is It Safe for Patients with Locally Advanced Disease?. Ann Surg Oncol. 2016;23(1):87‐91. doi:10.1245/s10434-015-4734-6)

Mas, e nos casos onde não é possível preservar o mamilo? Tem como reconstruí-lo?

Sim! A papila (porção elevada do mamilo) pode ser reconstruída com a utilização de pequenos retalhos locais. Já a aréola (porção pigmentada ao redor do mamilo) pode ser reconstruída utilizando enxertos de pele (geralmente utilizamos a pele na virilha, que já é mais pigmentada e onde conseguimos “esconder” melhor a cicatriz) ou até através de tatuagens! Existem profissionais especializados neste tipo de tattoo. 

 

Falando em tatuagens, você sabia que algumas mulheres optam por fazer uma tatuagem mais artística no seios depois da mastectomia, ao invés da reconstrução? 

E aqui vai mais uma super indicação, da tatuadora @barbara.ink que além de fazer tatuagens super realistas dos mamilos, idealizou o projeto @coresqueacolhem_barbaraink . Bárbara tem uma ligação pessoal com as cicatrizes deixadas pelo tratamento do câncer (sua mãe já fez uma mastectomia e seu filho tirou tumores da axila quando tinha apenas 2 meses). Foi assim que surgiu este projeto voluntário que foi o finalista do prêmio Bom Exemplo Paraná 2019, da RPC. As fotos ao lado carrossel são de Bárbara de alguns trabalhos dela. 

É possível faze reconstrução dos mamilos?

O que é mastectomia profilática?

Existem alguns pacientes que apresentam risco genético aumentado para o câncer de mama. As mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, por exemplo, aumentam em aproximadamente 90% a chance de desenvolver este tumor durante a vida. De todos os casos de câncer de mama, cerca de 5 a 10% estão associadas a estas mutações.

A ANS já definiu quais casos teriam indicação de investigação (diretrizes completas em shorturl.at/btEN2) mas, resumindo um pouco: pacientes com três ou mais casos de câncer no mesmo lado da família, ou casos familiares/pessoais de tumores diagnosticados antes dos 50 anos de idade (especialmente em parentes de 1o ou 2o grau), apresentam maior risco.

Nesta população, uma opção para reduzir em até 95% o risco de câncer de mama é a realização da mastectomia profilática, ou seja, retirada do tecido mamário ainda sem evidência de alteração, realizando a reconstrução mamária imediata. Angelina Jolie tornou essa cirurgia muito conhecida ao divulgá-la publicamente no New York Times em 2013. Clique aqui para ler a tradução do artigo. Além dos casos de mutação genética, algumas pacientes com câncer de mama unilateral podem optar por realizar a cirurgia profilática na outra mama para redução de risco.

É importante ressaltar que, mesmo sendo uma cirurgia realizada em pacientes ainda sem diagnóstico de câncer, ela não é uma cirurgia estética, e muito menos uma cirurgia simples ou isenta de riscos. As taxas de complicações no pós operatório são maiores que nos casos de cirurgia mamária estética, e isto deve sempre ser levado em consideração quando optado pelo tratamento.

O que é mastectomia profilática?

É possível amamentar após cancêr de mama?

A amamentação é um assunto polêmico por si só. Ele vem cheio de tabus, de preconceitos culturais e algumas dificuldades para mães que não tiveram nenhum tipo de procedimento ligado as mamas. Agora, imagina para aquela mulher que teve câncer de mama. E é sobre isso que vamos falar hoje. 

 

Mas então, eu posso amamentar após ter tido câncer de mama? Sim e não.

 

Vamos começar do caso mais otimista: se você foi submetida à cirurgias conservadora de mama, onde é retirada parte da mama com o tumor, mas ainda existe tecido mamário remanescente funcionante (glândulas e ductos íntegros), então sim, você poderá amamentar.  Mesmo com a necessidade de radioterapia adjuvante, cerca de 50% das mulheres continuam com alguma produção de leite na mama tratada. 

 

Se você teve um tumor em uma das mamas e precisou fazer uma mastectomia, você poderá amamentar da outra mama, com grandes possibilidades de ser uma amamentação exclusiva, sem precisar de complementação com leites industrializados.

(Leal SC, Stuart SR, Carvalho Hde A. Breast irradiation and lactation: a review. Expert Rev Anticancer Ther. 2013;13(2):159-164. doi:10.1586/era.12.178) 

 

Agora, mesmo se você precisou fazer uma mastectomia bilateral, saiba que ainda é possível um tipo um pouco diferente de amamentação, desde que o mamilo tenha sido reconstruído. Existe uma técnica chamada relactação, utilizada também por muitas mulheres que têm baixa produção de leite. Ela consiste na colocação de uma pequena sonda tipo nasogástrica, ou uma sonda de aspiração, que é fixada no mamilo da mulher, com um micropore, e a outra ponta é colocada em um recipiente com leite. 

 

A única impossibilidade de amamentar após a mastectomia é se ela for bilateral e não tiver sido feita a reconstrução do mamilo. Mas, apesar dos benefícios da amamentação, muitos bebês foram alimentados por mamadeira e são saudáveis. 

 

Em todos os casos, especialistas em amamentação podem prestar consultoria àquelas que estão embarcando nessa jornada e precisam de ajuda.

Amamentação pós cancêr de mama

Depoimentos

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Fiz reconstrução da mama esquerda e a simetria da mama direita, onde os resultados foram excelentes. Me devolveu a autoestima perdida a tempos.

Rosana

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Estive em minha primeira consulta para avaliar a possibilidade de fazer uma mastoplastia de aumento. O Dr. Bruno Pieri é extremamente atencioso, tirou todas as minhas dúvidas e foi muito transparente quanto ao procedimento e a todos os riscos envolvidos.
A consulta foi excelente e o doutor me passou bastante segurança!

Rosanne

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